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5 de ago. de 2008

Trabalho à Distãncia.... Curso de Geografia

1ª GERED – GERENCIA DE EDUCAÇÃO

SECRETARIA DE ESTADO DO DESENVOLVIMENTO REGIONAL

SÃO MIGUEL DO OESTE – SC









CHINA: O PAÍS DO FILHO ÚNICO








Projeto apresentado à GERED de São Miguel do Oeste, como requisito de complementação de carga horário no curso de Capacitação “ Construindo Educação de Qualidade com Vivência Cidadã.” Aplicado nas Escolas:

EEB. Adolfo Silveira; EEB. São João Batista; EEB. São Sebastião e EEB. Ouro Verde.










DALVA MARISA LAZARETTI

DAYZE MARIA CARLET LOPES

GRACIELI CORTE

MARIA LAZZAROTTO RUGERI




São Miguel do Oeste, agosto a novembro de 2008.




INTRODUÇÃO:

O desequilíbrio entre os sexos tende a aumentar ainda mais. Atualmente, nascem na China 119 meninos para cada 100 meninas. Em algumas províncias, como Guandong e Hainan, a proporção é de 130 meninos para 100 meninas. A média nos países em desenvolvimento é de 104 a 106 meninos para cada 100 meninas nascidas. A desproporção é tão séria que a Comissão Nacional de Controle Populacional e Planejamento Familiar calcula que em 2020 existirão 30 milhões de homens a mais que mulheres, o que poderá gerar o aumento da violência e distúrbios sociais. Esses homens estarão principalmente nas áreas rurais, que têm escolaridade mais baixa.

A questão causa preocupação a ponto de as autoridades permitirem aos casais que vivem no campo ter o segundo filho, caso o primeiro seja uma menina ou possua grave problema de saúde. Como a manutenção do controle de natalidade é considerada fundamental para o crescimento do país, especialmente nas áreas rurais, no início deste ano entrou em vigor uma nova política de ajuda financeira às famílias no campo que acataram a lei do planejamento familiar. O benefício foi testado em dez províncias desde 2004. O objetivo é estimular cada vez mais os casais a terem apenas um filho. Ao completar 60 anos, todos os pais e mães de filhos únicos, de duas filhas ou que tenham perdido o único filho terão direito a receber cada um uma pensão anual de 600 yuans, US$ 75 per capita, ou US$ 150 por casal.

Homens e mulheres acima de 60 anos deixam de receber seus vencimentos e passam a depender totalmente dos filhos. Hoje, 143 milhões de chineses, ou 11% da população, têm mais de 60 anos. Em 2020, a estimativa é de que os idosos cheguem a 234 milhões, 16% do total. Além da população de idosos crescer 3% ao ano, a expectativa de vida subiu de 67 para 73 anos nas duas últimas décadas.

Mas, e os casais que tiveram apenas uma filha mulher? Esse é outro problema enfrentado pela geração dos filhos únicos. Afinal, não são eles os responsáveis por manter seus pais? O resultado é que muitos casais jovens acabam sendo obrigados a sustentar os pais e os sogros, além do próprio filho. Isso se não estiverem vivos avôs e avós, fato bastante freqüente. Não é à toa que muitos preferem permanecer solteiros.

Para solucionar esse impasse, uma nova modificação na política de controle de natalidade permite que casais formados por dois filhos únicos possam ter dois filhos, com a diferença de quatro anos entre eles. A novidade animou os cerca de dois milhões de filhos únicos em Pequim, onde as mulheres, cada vez mais dedicadas à profissão, não se casam com menos de 27 anos. Como na China não há nada que não seja em grandes proporções, por conta dessa mudança prevê-se um baby boom em 2010. Porém, o fenômeno acabou se antecipando em três anos, em função do horóscopo chinês. Para evitar outro baby boom em 2010, está em estudo o fim da obrigatoriedade de espera para se ter o segundo filho.

O desejo de ter dois filhos é resultado da insatisfação dos jovens em terem sido filhos únicos. Além de se sentir sozinhos, eles sofrem com a superproteção das mães e são muito pressionados para obter bons resultados nas escolas e competir nos estudos. Não é à toa que são apelidados de “pequenos imperadores” ou “imperatrizes”.



OBJETIVO:

Objetivo Geral:

Reconhecer a China como país mais populoso do mundo, identificando as causas e conseqüênciasdo super crescimento populacional.


Objetivos Específicos:

- Analisar a densidade demográfica chinesa, considerando que parte do seu território são áreas inóspitas;
- Entender os motivos que levaram ao crescimento populacional desenfreado;
- Caracterizar a China como o país do filho único;
- Justificar a opção da escolha pelo sexo feminino nas famílias chinesas;


JUSTIFICATIVA:

A humanidade está começando a se defrontar com um problema muito sério e dramático: a superpopulação. Um dia, será evidente, para todos, que o planeta Terra, não terá recursos para acolher com bem-estar todos os seus habitantes. As nações mais pobres, aquelas que tem menos recursos e condições mais inferiores de vida, são as que mais crescem em número de habitantes. Falta-lhes até os recursos da cultura e das condições de vida digna para controlar sua população. A nação mais populosa do planeta, a China Comunista, com mais de um bilhão de habitantes, resolveu enfrentar o problema populacional com medidas repressivas. Cada casal só pode ter um filho. Esta “experiência” interessa à humanidade porque certamente, um dia, outras nações terão que adotar medidas repressivas para o controle de suas populações.


Há 25 anos a China iniciou um esforço draconiano para controlar o rápido crescimento de sua população e para isso percorreu uma violação maciça dos direitos civis. O governo comunista era incapaz de satisfazer as necessidades básicas de seu povo e considerou que o desemprego, a pobreza e a fome crescentes poderiam ser evitados se cada família tivesse apenas um filho. Por meio da repressão, Pequim conseguiu reduzir o crescimento de sua população, mas a um custo terrível. Os Estados Unidos têm agora a oportunidade de induzir a China a deixar de lado a coerção e de abraçar a liberdade em suas políticas de população, tal como fez com sua economia, na qual abandonou a coerção e adotou o livre mercado.

Na China, uma mulher que desafia a regra de apenas um filho pode ser multada, tanto ela quanto sua família e aldeia. Também pode ser castigada, excluída de sua comunidade ou presa. Seus móveis, sua vaca, seu porco, poderiam desaparecer. Também pode ser forçada a abortar sem importar se está no nono dia ou no nono mês de gravidez. Pequim diz que somente em 2002 foram realizados 6,8 milhões de abortos. Uma quantidade excessiva deles aconteceu porque os ultra-sons realizados mostraram que os fetos eram meninas, o que não é bem-vindo em uma cultura que prefere os meninos. Se a mulher tem sorte, o aborto pode ser executado através da inserção de um dispositivo intra-uterino. Se não tem sorte, pode ser esterilizada à força. O governo chinês diz que 38% das mulheres em idade de procriar foram esterilizadas.
A China prometeu em 1944 cumprir suas obrigações em matéria de direitos humanos, quando se uniu a 179 nações na Conferência Mundial sobre População e Desenvolvimento, que acordou que todo os indivíduos têm o direito de decidir, livres de coerção, o número de filhos e o momento de tê-los, bem como ter acesso a serviços de qualidade de planejamento familiar. Este enfoque demonstrou ser válido para reduzir o número de abortos, adiar a data de nascimento do primeiro filho, reduzir o número de nascimentos e melhorar as possibilidades de as crianças serem queridas por seus pais. Não é apenas moralmente correto, como também funciona.

O que podemos fazer para que a China cumpra sua promessa? Em primeiro lugar, deveríamos apoiar completamente o Fnuap, que na China é o único organismo que promove o planejamento familiar voluntário e a defesa destes direitos humanos. Atualmente, naquelas regiões onde o Fnuap opera 90% das mulheres estão escolhendo seus próprios métodos de controle da natalidade e a taxa de abortos caiu radicalmente de 70% para 30%. Em segundo lugar, deve-se fazer ver a Pequim que atender as necessidades humanas em matéria de saúde, educação e oportunidades é o melhor caminho para reduzir o crescimento da população. Em terceiro lugar, as grandes empresas norte-americanas podem fazer importantes contribuições. Por exemplo, uma mulher trabalhadora que está ilegalmente grávida é degradada em sua categoria profissional ou demitida em muitas partes da China, mas as companhias norte-americanas podem se recusar a aplicar essas medidas em suas unidades.

4 comentários:

Grazielle disse...

Viu.... Se não fosse eu...
Posso não saber tudo, mas tenho o msn de quem sabe...

NTE - São Miguel do Oeste - SC disse...

Estamos gostando de ver. Parabéns!!

Profcarmo disse...

Oi Deyse e demais colegas, li o projeto de vocês e adorei, achei bem interessante quando na justificativa falam das obrigações que as mulheres tem o direito de apenas de gerar um filho, o compromisso delas não somente consigo, mas com a comunidade. Como sugestão, você e seu grupo, poderiam aproveitar estas informações e provocar para os alunos fazerem comparações com o Brasil.Acreito eu que seria bem interessante isso. bjs

PROFESSORA SÔNIA disse...

Olá meninas...
Gostei do projeto, muito bom.
Acredito que foi muito produtivo trabalhar este assunto com os alunos.
beijos